quarta-feira, 13 de abril de 2016

Time goes by... thing can change so do I...




Long time no see... like, really... four years... a lot of things change... somethings just don't...
No último episódio ela terminou comigo de uma maneira abrupta. O problema de todo meu sofrimento (que levou uns 2 anos e deixaram marcas) foi esse? Claro que não... é engraçado como somos retardados quando estamos apaixonados... nem conhecemos a pessoa e já achamos que conhecemos sua alma, sua essência... daí quando acontece uma decepção ficamos tentando achar onde erramos ou onde poderíamos melhorar para merecer a pessoa... sem se dar conta de que é ela que não nos merece... Mas as coisas ficam melhores quando se descobre que se estava apaixonado por uma simples projeção da realidade e não pela própria pessoa. E que as vezes a pessoa se comporta de uma maneira quando está atrás de algo que a interessa e mostra quem verdadeiramente é quando se desinteressa... Acho que isso resume bastante o último capítulo... mas precise destes anos, ou um pouco menos para perceber isso (e recuperar a senha. Sim, tinha esquecido).
Agora formado. De alguma maneira voltei a ter ataques de pânico... diferentes... que me levaram a uma depressão como nunca tinha tido, me incapacitando de ter algum compromisso regular. É bem ruim viver quando em cada momento se vive mais dentro do corpo do que fora. É como se fôssemos um espectador da vida real que de vez em quando tem o privilégio de assumir o controle da própria vida. Li um artigo que fala sobre a incapacidade que pessoas ansiosas tem de diferenciar estímulos. Isso é bem explicativo. Mas e daí? Como faz? Ao invés de ser estigmatizado como hipocondríaco por querer ir em médicos, o paciente com síndrome do pânico deveria tentar ser compreendido, pelos outros, mas principalmente pelo próprio médico, que muitas vezes não entende que o que o paciente vai buscar no consultório não se trata apenas de uma consulta normal, se trata de uma certeza, uma segurança... e essa segurança nem sempre vem apenas da vontade do médico em querer que o paciente não tenha nada... é difícil ouvir que não tem nada e ao mesmo tempo sentir coisas bem reais. O paciente espera que o médico o trate como se investigasse de fato, através de exames os relatos dos sintomas, que são reais. Talvez não sejam o que o paciente crê (pois ele não é médico), talvez não seja apenas fruto da ansiedade... ou talvez seja. Mas o importante é ter o máximo de certeza possível. Não se trata de "querer achar uma doença" como muitos vão encarar. Se trata de não aguentar mais tanto sofrimento a ponto de querer encontrar algo para que se possa tratar, porque continuar sentindo o que se sente é terrível. Mas explicar o que se sente para pessoas que não sentem (mesmo pessoas com síndrome do pânico) é bem difícil. A síndrome do pânico não causa os mesmos sintomas em todos pacientes, alguns sentem coisas a mais, alguns sentem coisas a menos. Nem toda depressão se manifesta de forma ou intensidade igual em todos pacientes. Eu estou bem, mas ao mesmo tempo estou gritando por dentro de uma maneira que ninguém consegue ouvir porque ninguém consegue entender. Esta é a impressão que tenho. Espero que esteja errado e encontre no meu caminho pessoas que compreendam e consigam tratar. Enquanto isso, certamente entendo que passamos por sofrimentos na vida por motivos de extrema importância. Caso contrário Deus não o permitiria.

" Scimus autem quoniam diligentibus Deum omnia cooperantur in bonum his qui secundum propositum vocati sunt sancti. " Rm 8, 28

" Tudo coopera para o bem dos que amam à Deus."